quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

since 2006

Hoje, tal vez por estar a apreciar as vistas a partir do autocarro, passei ao pé da tua paragem. Senti uma nostalgia do passado. Não porque sinta a tua falta agora, porque foste embora sem dar uma única explicação, mas porque relembrei o quanto éramos felizes, apesar das constantes discussões, no passado. Lebrei-me agora das aventuras que tínhamos juntas, das tuas histórias q me contavas vezes sem conta, contavas-me a mesma história inúmeras vezes e eu ouvia te sempre, ria sempre nas que tinham piada, e chorava contigo nas que eram tristes; às vezes até fazia estes gestos antecipadamente porque já sabia de cor o que ías dizer, sabia-te de cor. Mas os tempos mudam e tu sabes bem disso, apesar de eu continuar a mesma miúda loira a quem ías matando com a primeira ganza mal travada, tu mudas-te e os teus amigos não te reconhecem. Agora é triste olhar para ti e ver que estás do lado errado a pensar que esse é o certo. Sem querer esqueceste-te de quem tu és, de quem eu sou, de quem fomos; a tua mente que ficou cada vez mais limitada e apenas te permite ver o espelho que se encontra agora à tua frente, ves apenas uma imagem de quem gostarias de ser, de quem sonhas-te, mas já vais tarde para alcançar essa tal imagem, que reverte para o teu passado complicado, mas feliz.
Para C, sei que nunca vais ler isto.

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